Produção de caminhões sobe em Março 2023

A produção de caminhões registrou um avanço de 51,7% em março de 2023 em relação a fevereiro deste ano, totalizando 12,3 mil unidades. Em comparação a março do ano passado, quando foram produzidos 13,5 mil veículos, entretanto, houve queda de 8,9%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em relação às vendas de caminhões, “a média diária de vendas em março foi 3% inferior à de fevereiro e 4,4% menor que a de março de 2022”, anunciou.

No acumulado a produção de janeiro/março de 2023 registrou uma queda de 28,8% se comparado ao mesmo período de 2022. No primeiro trimestre desse ano foram produzidas 24,5 mil unidades, contra 34,4 mil de 2022.

Segundo Gustavo Bonini, vice-Presidente da Anfavea, agora é possível ver o reflexo da pré-compra por causa da mudança de fase do Proconve para a legislação de emissões, de P7 (equivalente Euro5) para P8, referente à tecnologia Euro6 é um dos fatores que está influenciando esses números. “Hoje, o que está sendo comercializado, cerca de 93%, foi produzido no ano passado. Apenas 6,4% do que foi vendido foi fabricado esse ano. Esse número deveria estar em torno de 30%, considerando o tempo entre a produção e a comercialização. Está muito abaixo, mostrando claramente o efeito de pré-compra que não vimos o ano passado e está agora se materializando. As montadoras estão usando seus estoques e adequando seus volumes de produção. Vamos acompanhar e verificar se acontece uma reversão quando acabarem os estoques P7”, diz Gustavo Bonini.

Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), salienta também outros fatores influenciadores, entre os quais juros altos, necessidade de melhoria das condições de crédito e linhas de financiamentos mais atrativas. “Está ocorrendo um esfriando da demanda de caminhões, sobretudo, devido aos altos custos de produção e uma falta de linha de financiamento dedicada, exclusivamente, para esse segmento”, comenta Márcio de Lima Leite.

Fonte:Revista Caminhoneiro